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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Os Asteróides e Cometas

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Os asteróides podem ser considerados minúsculos planetas que fazem parte do sistema solar, se movem em órbitas elípticas entre as órbitas de Marte e Júpiter. O grande planeta gasoso, protege a Terra capturando todos estes corpos celestes como um grande imã. Este escudo protetor serve para evitar os grandes impactos no planeta Terra. Através da captura destes corpos celestes, ao longo de milhares de anos, o planeta gasoso vai acrescentando massa em seu núcleo sólido. Portanto, a vida na Terra somente foi possível devido às condições celestes muito especiais na sua formação. Quando estes asteróides não são capturados, escapando do campo gravitacional de Júpiter, os cataclismos acontecem. Milhares de impactos já sucederam na longa história geológica da Terra, como no início do século passado em Tunguska, região das tundras na Sibéria. Os maiores e mais representativos asteróides são Ceres, com um diâmetro de aproximadamente 930 km , além de Pallas e Vesta, com diâmetros de aproximadamente 550 km. Os asteróides são batizados pela União Internacional dos Astrônomos.
Um astrônomo, após descobrir um asteróide desconhecido, deverá buscar a confirmação da sua descoberta, através da observação do corpo celeste por outro astrônomo num período de diversas órbitas, e comparar a massa e a órbita deste asteróide com a posição de outros asteróides conhecidos. Se realmente se tratar de um novo asteróide, não identificado, o astrônomo responsável pela descoberta poderá batiza-lo. No final da década de '80, uns 75 asteróides, chamados com o sugestivo nome "Amor" , foram descobertos na intersecção da órbita de Marte, e o asteróide 50-Apollo estava intersectando a órbita da Terra. E nada menos do que o 10-Atenas asteróide tinha órbita menor do que a órbita terrestre. Um dos maiores asteróides internos é o 443-Eros, um alongado corpo celeste, semelhante a uma batata, medindo 14 por 37 km. O peculiar Apollo e o 3200-Phaethon, com 5 km de largura, gravitam em torno do Sol a cerca de 20.9 milhões de quilômetros, órbita mais próxima do que qualquer outro asteróide conhecido. Isso também é associado com o anual retôrno da órbita da corrente de asteróides chamados Geminianos. Diversos asteróides próximos da Terra são alvos relativamente fáceis para as missões espaciais. Em 1991 a sonda espacial Norte Americana Galileo, em seu caminho para Júpiter, tirou as primeiras fotografias bem próximas de um asteróide. As imagens apresentadas de um pequeno e assimétrico corpo o 951-Gaspra, sarapintado de crateras, revelava evidências de uma cobertura de material solto, fragmentado, ou regolito, cobrindo a superfície do asteróide. A sonda Galileu também visitou um asteróide nomeado 243-Ida e descobriu que este tinha sua própria Lua, um diminuto asteróide satélite, subseqüentemente nomeado Dactyl, designação oficial do 243-Ida I, porque é um satélite do Ida.
Em 1996 a NASA (National Aeronautics and Space Administration) lançou a nave especial NEAR (Near-Earth Asteroid Rendezvous). A meta da NEAR é alcançar a órbita ao redor do asteróide 433-Eros no início de 1999. Em seu caminho para o 433-Eros, a NEAR visitou o asteróide 253-Mathilde, em Junho de 1997. Com 60km de diâmetro é maior do que os asteróides visitados pela sonda Galileu. Uma miserável pane num momento crucial para a missão NEAR, causou a perda das imagens de Eros quando a nave espacial passava pelo asteróide em Janeiro de 1999. Porém, numa rápida ação feita pelos controladores terrestres, redefiniram o trajeto da nave espacial para acompanhar o vôo do asteróide. A missão NEAR teve um plano de vôo para acompanhar a órbita próxima a Eros até meados do ano 2000. Acompanhando a órbita do 433-Eros por mais de um ano, o projeto NEAR forneceu aos astrônomos, uma melhor idéia da origem, composição, e estrutura dos grandes asteróides. Com exceção de poucos asteróides que foram diagnosticados como oriundos da Lua e de Marte, a maioria dos meteoritos recuperados na Terra, supõe-se que sejam fragmentos de asteróides.
Observações remotas dos asteróides por telescópios espectroscópio e radares suportam estas hipóteses. Elas revelam que os asteróides, tais como os meteoritos, podem ser classificados dentro de poucos tipos distintos. Três quartos dos asteróides visíveis da Terra, incluindo o 1-Ceres, pertencem ao tipo "C", que parecem estar relacionados à classe dos meteoritos pedregosos conhecidos como Carbonáceos ou Condritos. Estes meteoritos são considerados os mais antigos materiais do sistema solar cuja composição reflete a origem da primitiva nebulosa solar. Extremamente escuros na cor, provavelmente por causa do seu conteúdo de hidrocarbonetos, eles mostram evidências de terem adsorvido água de hidratação. Deste modo, sem nenhuma semelhança com a Terra e a Lua, eles nunca foram fundidos, ou re-aquecidos desde os primórdios da sua formação. Asteróides do tipo "S", relacionados aos meteoritos tipo pedregoso metálico tipo "Stony-Iron", fazem um total de 15% dos conhecidos. Muito mais raros são os do tipo "M", correspondendo em composição aos meteoritos conhecidos como Metálicos ou Ferrosos.
Consistem de uma liga de ferro-níquel, eles podem apresentar as cores da fusão de corpos planetários cuja camada externa foi removida por grandes impactos, causadores de imensas crateras. Muito poucos asteróides, notadamente o 4-Vesta, são provavelmente relacionados à mais rara classe de meteoritos entre todos: Os Acondritos. Estes asteróides parecem ter uma superfície ígnea, cuja composição é muito semelhante aos fluxos de lava, lunares e terrestres. Assim, os astrônomos estão razoavelmente certos que o 4-Vesta foi, em algum tempo de sua historia, pelo menos parcialmente fundido. Os cientistas juntam as peças de um complexo quebra cabeça, alguns asteróides foram fundidos, devido ao seu aspecto derretido, mas outros tais como o 1-Ceres, não foram. Uma explicação possível é que no início do sistema solar, havia certa concentração, altamente radioativa de isótopos que podem ter gerado calor suficiente para fundir os asteróides.
Os astrônomos encontraram mais de 200 asteróides cujas órbitas cruzam a órbita Terrestre. Alguns cientistas estimam que milhares destes asteróides que cruzarão a órbita terrestre podem existir e pelo menos 1500 poderiam ser grandes o suficiente para causar uma catástrofe global se eles colidirem com a Terra. As chances, ou a probabilidade de haver tais colisões, são estimadas em uma colisão a cada 300.000 anos. Muitos cientistas acreditam que uma colisão com um asteróide ou um cometa pode ter sido responsável por pelo menos uma extinção em massa da vida na Terra, em toda a história do Planeta. Uma cratera gigante na Península de Yucatán no México marca o ponto onde um cometa ou um asteróide chocou-se com a Terra no fim do Período Cretáceo, há 65 milhões de anos atrás. Este evento aconteceu no mesmo tempo em que desapareceram os últimos dinossauros.
Uma colisão com um asteróide, grande o suficiente para causar a cratera de Yucatán, poderia ter levantado pó e gases na atmosfera causando o escurecimento da luz solar por meses ou até anos. Reações dos gases provenientes do impacto com as nuvens da atmosfera podem ter causado maciças quantidades de chuvas ácidas. Estas são as provas mais cabíveis para justificar tantos animais mortos num espaço de tempo tão pequeno. A chuva ácida junto com a falta da luz solar, poderia ter aniquilado quase todas as formas de vida vegetal e animal, em quase toda a cadeia de alimentos que dependiam das plantas para sobreviverem. O mais significativo encontro da Terra, e que pode ter sido um asteróide, foi na explosão de 1908 na atmosfera encima de Tunguska região da Sibéria. O bólido se desintegrou a 7 km de altitude, mas a força da rajada arrasou mais de 200.000 hectares (mais de 500.000 Acres) de floresta, área maior do que a do município de São Paulo. A energia liberada pelo evento, que não matou ninguém, somente algumas renas, nem causou danos à áreas habitadas, é estimada em 15 megatons, mil vezes maior que a bomba de Hiroshima.
O número de perdas humanas, se houveram, é desconhecido, porque a primeira expedição científica na região aconteceu somente duas décadas mais tarde. Esta expedição e outros estudos detalhados, não encontraram evidência de que o impacto causou uma cratera. Isto leva os cientistas a acreditarem que uma grande geração de calor, através da fricção do objeto com a atmosfera, foi grande o suficiente para fazer o objeto explodir antes de tocar o chão terrestre. Se o objeto não identificado de Tunguska tivesse explodido em uma área menos remota, as perdas de vidas humanas e os danos materiais poderiam ser espantosos. Os satélites militares, em órbita ao redor da Terra, que rastreiam explosões, que poderiam evidenciar sinais de violação de tratados de armas nucleares, têm detectado dezenas de explosões de asteróides na atmosfera todos os anos. Mais recentemente, em 1990 caiu outro bólido em Sterlimak na República Russa de Bashkiria, abrindo uma cratera de 10 metros de diâmetro.
No Brasil, o meteorito de Bendegó, com seus 5360kg, um hipotético fragmento do núcleo do planeta Kryptos. Foi encontrado nas proximidades do Rio Vaza Barris no Estado da Bahia. No leito daquele riacho, o meteorito que após ter entrado na curva do tempo, esteve enterrado até 1785, quando foi encontrado pelo Seu Joaquim da Motta Botelho. O Geólogo Norte Americano, naturalizado brasileiro Orville A. Derby foi um grande estudioso dos meteoritos Brasileiros, tendo dado uma atenção especial, em 1890 ao "Bendegó", na realidade é um Siderito, oriundo do núcleo do planeta oculto, cuja composição maior é níquel e ferro. Atualmente este Siderito encontra-se no Museu Nacional do Rio de Janeiro.
Em 1995 o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA e a Força Aérea Norte Americana, iniciaram um projeto chamado NEAT (Near-Earth Asteroid Tracking), com o objetivo de rastrear e monitorar a trajetória dos asteróides próximos da Terra. O projeto NEAT usa um observatório no Hawaii para pesquisar os asteróides cujas órbitas poderão ameaçar a Terra. Nestas estações de rastreamento de asteróides, os cientistas podem calcular a órbita dos asteróides, com precisão, e determinar se estas órbitas no futuro se chocarão com a Terra. Os astrônomos acreditam que os programas de rastreamento tais como o NEAT, provavelmente alertarão o mundo com décadas ou séculos de tempo para qualquer possibilidade de colisão com asteróides. Cientistas têm sugerido diversas estratégias para desviar os asteróides de uma colisão com a Terra. Se os asteróides estiverem muito distante, uma ogiva nuclear poderia ser usada para explodir o asteróide em muitos fragmentos sem maiores danos para a Terra, supõem alguns cientistas...
Outra estratégia sugerida seria atacar o asteróide com um foguete para retirá-lo da sua órbita de colisão, sem destruí-lo, apenas desviando-o de sua órbita. Todos estes métodos requerem que o asteróide esteja bem distante da Terra para haver tempo suficiente para lançar todas estas engenhosidades. Indubitavelmente, se um asteróide explodisse próximo da Terra, estilhaços desta fantástica explosão poderiam causar danos irreparáveis. Entretanto, qualquer esforço para desviar o asteróide de seu curso de colisão, requer anos de trabalho dirigido para este fim, com grandes possibilidades de falhas, inerentes a uma empreitada desta envergadura.Os asteróides, são muito maiores, e possuem uma energia cinética muito grande para um foguete desviá-lo de sua rota rapidamente. Se os astrônomos descobrirem um asteróide em rota de colisão com a Terra, com menos de dez anos de prazo, não haveria tempo suficiente para se fazer qualquer coisa a não ser uma oração...
A palavra Latina stella cometa, que significa uma "estrela cabeluda", são corpos celestes relativamente pequenos, rochosos e congelados, com órbitas ao redor do sol. Quando um cometa se aproxima do sol, parte do seu gelo se transforma em gases. O gás, mais a poeira solta, cria uma longa e luminosa cauda, uma corrente que acompanha o cometa na sua trajetória. O aparecimento de grandes cometas era considerado como fenômenos atmosféricos até 1577, quando o astrônomo dinamarquês Tycho Brahe provou que eram corpos celestes.No século 17, o cientista britânico Sir Isaac Newton demonstrou que o movimento dos cometas estava sujeito às mesmas leis que controlavam os planetas em suas órbitas. Através de comparações dos elementos da órbita de um número de cometas mais recentes, o astrônomo inglês Edmond Halley, demonstrou que os cometas de 1682 eram idênticos com outros dois que apareceram em 1607 e 1531, e previu, com sucesso o retorno do cometa em 1759. Os primeiros registros do aparecimento do Cometa Halley, datam de 240 AC, e provavelmente o brilhante cometa observado em 466 AC, foi também uma aparição do famoso cometa.A mais recente passagem do cometa Halley ao redor do Sol foi no início de 1986, e a próxima será em 2063. Durante sua mais recente passagem pelo Sol, o Cometa Halley foi visitado por duas sondas Soviéticas a Vega 1 e a Vega 2, e por outro aparato instrumental chamado "Giotto", lançado pela Agencia Européia Espacial. Sua passagem também foi observada a grande distância por duas sondas Japonesas.
Em 1999 os Estados Unidos lançaram a espaçonave chamada "Stardust", que significa poeira estelar, para visitar um cometa chamado Wild 2. A Stardust está agendada para retornar á Terra com uma amostra da poeira estelar do Wild 2 em 2006. Um cometa é geralmente considerado como um corpo celeste que consiste de um pequeno e pontiagudo núcleo, o halo engastado em um disco nebuloso chamado "coma"ou "cauda". O astrônomo Americano Fred L. Whipple, propôs em 1949 que o núcleo, contém praticamente toda a massa do cometa, tal como uma "suja bola de neve" um conglomerado de gelo e poeira.
A maior prova da Teoria da Bola de Neve, está em vários dados. Para alguns, os gases que são observados, e as partículas meteóricas que são injetadas comprovam que o halo e a cauda dos cometas, a maioria dos gases são fragmentos moleculares, ou radicais dos mais comuns dos elementos do espaço: hidrogênio , carbono, nitrogênio, e oxigênio. Os radicais, por exemplo, de CH, NH, e OH podem ser quebrados e descartados das estáveis moléculas CH4 (metano), NH3 (amônia), e H2O (água), que podem existir como gelo ou em formas mais complexas, compostos extremamente congelados no núcleo. Outro fato que suporta a teoria da Bola de Neve é que os mais bem observados cometas, movem-se em órbitas que se desviam significativamente do Movimento Gravitacional Newtoniano. Isto fornece clara evidência que os gases que escapam produzem uma ação a jato, impelindo o núcleo do cometa, em suave deriva de sua trilha previsível. Em adição, cometas de curto-período, observados em muitas revoluções, tendem a se apagar vagarosamente com o tempo, como seria esperado no tipo de estrutura proposta por Whipple. Finalmente, existe um grupo de cometas que mostram seus núcleos como unidades sólidas. A cabeça do cometa, incluindo o enevoado "Coma", pode exceder o planeta Júpiter em tamanho. A porção sólida da maioria dos cometas, entretanto , é equivalente a apenas alguns quilômetros cúbicos.
A poeira enegrecida do núcleo do cometa Halley, por exemplo, é aproximadamente 15 por 4 km em tamanho. Quando um cometa se aproxima do Sol, o calor solar evapora, ou sublima o gelo, então o cometa brilha intensamente. Isto poderá desenvolver uma cauda brilhante, algumas vezes estendendo-se a milhões de quilômetros no espaço adentro. A cauda é geralmente direcionada no sentido contrário do Sol, mesmo quando o cometa retrocede. A grande cauda dos cometas é composta de simples moléculas ionizadas, incluindo o monóxido e o dióxido de carbono. As moléculas são desprendidas do cometa através da ação dos ventos solares, uma fina corrente de gases quentes continuamente injetadas da coroa solar, a atmosfera mais externa do Sol, a uma velocidade de 400 km por segundo. Freqüentemente os cometas também apresentam caudas menores, compostas de fina poeira assoprada do halo através da pressão da radiação solar.
Estas caudas de poeira são usualmente menores, mas brilham tanto quanto as caudas iônicas. Astrônomos descobriram um terceiro tipo de cauda de comentas no Hale-Bopp, um cometa que brilhou no céu da Terra de 1996 a 1997. A terceira cauda do Hale-Bopp era bem estreita e não era visível a olho nu. Era composta de átomos neutros (sem cargas elétricas) de Sódio e brilhavam num tom amarelo desbotado. Quando um cometa retorna do Sol, a perda de gases acompanhada de poeira decresce em quantidade, e a cauda vai desaparecendo. Alguns dos cometas, com órbitas menores, têm caudas tão curtas que elas são praticamente invisíveis. Por outro lado, pouquíssimos cometas têm cauda que excedem 320 mil quilômetros em comprimento. A variação em tamanho da cauda, junto com a aproximação do Sol e da Terra, incrementa a variação da visibilidade dos cometas. Por volta de 1400 cometas registrados, pouco menos que a metade das caudas foram visíveis a olho nu, e menos do que 10% eram proeminentes. Os cometas têm órbitas elípticas, e os períodos de uns 200 cometas têm sido calculados, isto é, o tempo que eles levam para orbitar o Sol, numa volta completa. Estes períodos variam de 3.3 anos para o Cometa Encke até 2000 anos para o Cometa Donati visto em 1858. As órbitas da maioria dos cometas são tão vastas que elas são indistinguíveis de parábolas — curvas abertas que levarão os cometas para fora do sistema solar — mas através de técnicas analíticas sofisticadas, os astrônomos assumem que elas também são elipses, com grande excentricidade , com períodos tão longo quanto 40.000 anos ou possivelmente muito maior.
O brilhante cometa Hyakutake, que foi visível da Terra em 1996, tem um fantástico período estimado em 10.000 anos. Nenhum cometa conhecido se aproximou da Terra com uma órbita hiperbólica; isto significaria uma origem externa ao sistema solar. Entretanto alguns cometas, nunca mais poderão retornar ao sistema solar por causa da grande alteração da sua órbita original devido à ação gravitacional dos planetas. Porém, tal ação, tem sido observada em menores escalas. Aproximadamente 60 cometas, com curto período, têm suas órbitas influenciadas pelo planeta Júpiter, e são ditos pertencerem à Família de Júpiter, seus períodos variam de 3.3 a 9 anos. Quando diversos cometas, com diferentes períodos viajam próximo à mesma órbita, eles são ditos serem membros do Grupo do Cometa. O mais famoso grupo inclui o espetacular Pastor do Sol chamado, Ikeya-Seki, de 1965, e sete outros tem períodos de aproximadamente mil anos. O astrônomo americano Brian G. Marsden concluiu que o cometa de 1965 e o mais brilhante cometa de 1882, partiram-se de um único cometa paterno, possivelmente um que apareceu em 1106. Este cometa e outros do grupo provavelmente subdividiram-se de um cometa verdadeiramente gigante a milhares de anos atrás. Também existe uma estreita relação entre a órbita de cometas e a órbita das chuvas de meteoros. O astrônomo italiano Giovanni Virginio Schiaparelli provou que os meteoros Perseides, que aparecem em Agosto, se movem na mesma órbita que os cometas Swift-Tuttle. A chuva de meteoros Perseides ocorrem a cada ano, de 23 de Julho a 22 de Agosto. O ponto máximo da chuva de meteoros, é o momento quando o maior número de meteoros caem, por hora, usualmente nos dias 12 e 13 de Agosto. A razão em que os Perseides caem é determinada pela localização do Cometa Swift-Tuttle em relação a Terra, quando nosso planeta cruza sua órbita. Repetidas passagens do cometa deixaram um anel de fragmentos chamados "debris" através da órbita do cometa, e quando estes fragmentos entram na atmosfera terrestre, é criada uma chuva de meteoros.
A concentração dos meteoros é mais alta quando o cometa está próximo da Terra. No início do século 20, o pico da chuva de meteoros era bem baixo, algo em torno de 4 meteoros por hora. Entretanto, quando o Swift-Tuttle esteve mais próximo da Terra em 1993, o pico dos Perseides era entre 200 e 500 meteoros por hora. Os meteoros Perseides caem sobre a atmosfera, mas sua trilha pode ser tracejada de um ponto, chamado ponto radiante. O radiante da Chuva dos Perseides é perto da estrela Eta Persei, uma estrela próxima do extremo norte da Constelação Perseus. O primeiro registro das chuvas de meteoros Perseides estão datados nos manuscritos Chineses escritos em 36 AC. Em 1835 um astrônomo belga Adolphe Quételet tornou-se a primeira pessoa a registrar o período natural das chuvas de meteoros. O astrônomo italiano Giovanni Schiaparelli relacionou os Perseides com o Swift-Tuttle em 1866. Similarmente, os meteoros Leonides, que aparecem em Novembro, foram encontrados seguindo a mesma órbita dos cometas Tempel-Tuttle. A chuva de meteoros de período anual, ocorre no mês de Novembro; são intensas apresentações, verdadeiros shows criados pelos meteoros, ou fragmentos de rochas que entram na atmosfera terrestre, comumente chamada de estrelas cadentes.
A chuva de meteoros Leonides ocorre a cada ano entre o dia 14 e 20 de Novembro, com o pico máximo normalmente no dia 17 de Novembro. A razão máxima de meteoros é usualmente em torno de 10 a 15 meteoros por hora, mas poderá incrementar até milhares de meteoros por hora quando a Terra cruza a órbita do Cometa Tempel-Tuttle quando está nas suas proximidades. Os Cometas deixam uma trilha de poeira em suas órbitas, e quando a Terra passa através da órbita do cometa, a poeira entra na atmosfera causando as chuvas de estrelas cadentes. Os meteoros Leonides aparecem em todo o céu, mas eles parecem se irradiar de um ponto do espaço. Os meteoros realmente se movem em trilhas paralelas, mas o mesmo efeito que faz a convergência das trilhas no horizonte nos dá a impressão que o meteoro tem um ponto central radiante. O ponto radiante dos Leonides é a constelação do Leão "Leo". A chuva de meteoros Leonides é mencionada nas crônicas Árabes e Chinesas datadas de 900AC. O estudo das chuvas de meteoros foi inspirado pela tempestade dos Leonides em 1833. A tempestade foi mais visível no céu ao Leste dos Estados Unidos. Uma chuva muito brilhante caia numa razão de milhares de meteoros por hora por um extenso período de tempo, causando grande pânico na população. Assim, os cientistas publicaram muitas teorias para explicar estas tempestades. O astrônomo americano Denison Olmstead publicou que os meteoros pareciam se irradiar de um ponto muito distante do espaço. Também noticiou que uma tempestade similar ocorreu no ano anterior na Europa. Esta observação levou-o a concluir que as tempestades são causadas por uma nuvem de partículas do espaço. O astrônomo alemão Heinrich Olbers pesquisou muitas historias similares de tempestade de meteoros, predizendo um retorno, de intensidade semelhante a cada 33 anos. Houve outra tempestade em 1866 e 1865, sendo que em 1866 o astrônomo francês Ernst Tempel e o americano Horace Tuttle independentemente descobriram o cometa que ficou conhecido como Cometa Tempel-Tuttle. O primeiro cometa emparelhado com chuvas de meteoros foi o Cometa Swift-Tuttle e a chuva de meteoros são as Perseides. A chuva Leonides de 1998 teve um pico de centenas de meteoros por hora. Alguns astrônomos acreditam que a chuva de meteoros Leonides de 1999 foi muito intensa, tanto quanto a que houve em 1833. Diversas outras chuvas e tempestades de meteoros tem sido relatacionadas com órbitas de cometas conhecidos, o que explica os fragmentos semelhantes a materiais tipo terrosos, ou rochosos, ao longo de suas órbitas.
Os Cometas, já foram acreditados serem oriundos do espaço interestelar. Embora não haja teorias mais detalhadas, que sejam amplamente aceitas, muitos astrônomos atualmente acreditam que os cometas se originaram no espaço externo, a mais fria parte do sistema solar, material residual planetário dos primeiros tempos da formação do sistema solar. O astrônomo holandês Jan Hendrik Oort tem proposto que uma "nuvem depósito" do material dos cometas tem sido acumulada bem distante da órbita de Plutão, e os efeitos gravitacionais das estrelas passantes, estão enviando material para dentro do sistema solar, onde são visíveis como cometas. A longa história dos cometas tem sido carregada por muitas supertições como presságios de calamidades ou de importantes eventos. A aparição de um cometa também tem levantado o medo de uma colisão entre o Cometa e a Terra. A colisão do núcleo de um cometa, com uma grande cidade, provavelmente causaria sua destruição, mas a probabilidade de ocorrer um evento deste tipo é pequena. Por outro lado pode-se se dizer que as estatísticas e o estudo das probabilidades não são ciências exatas. Entretanto as tais colisões já aconteceram no passado astronômico na longa história geológica do Planeta Terra. Os cientistas que estudaram o Hele-Bopp encontraram moléculas de compostos químicos no cometa que são muito similares àqueles que se imagina terem trazido e espalhado a vida no planeta Terra. Os Cometas podem ter fornecido água para a atmosfera terrestre além de importantes moléculas químicas, mas uma colisão entre a Terra e um Cometa de tamanho considerável pode ter alterado o clima de forma significativa e proporcionado a extinção dos dinossauros. Alguns astrônomos acreditam que milhares de pequenos e finos cometas com 6 a 9 metros de diâmetro colidem na atmosfera terrestre a cada hora. Os proponentes desta teoria dizem que estes cometas são quase que totalmente compostos de água na forma de gelo, e podem ter tido uma função na formação dos oceanos, através do acúmulo de água na atmosfera nos tempos primordiais. Em 1992, o famoso Cometa Shoemaker-Levy-9 partiu-se em 21 grandes fragmentos quando este cometa aproximou-se do fortíssimo campo gravitacional do planeta Júpiter. Em Julho de 1994, durante uma semana, houve um intenso bombardeamento. Os fragmentos impactaram estrondosamente a densa atmosfera do planeta Júpiter com velocidades fantásticas de 210.000 km/h. A quantidade de movimento destes fragmentos, o produto de sua massa pela sua velocidade, geraram impactos com enorme Energia Cinética, que pela Lei da Conservação da Energia, imediatamente é convertida em calor, som, deformação da superfície e posterior formação de maciças explosões, algumas resultando em bolas de fogo muito maiores que a Terra... Aqui encerro os prolegômenos sobre os asteróides e os cometas, agradecendo a atenção do paciente leitor que conseguiu terminar esta leitura, meio pedregosa, não muito no estilo Readers Digest, porém necessária para se obter uma compreensão mais racional do nosso universo e até a possibilidade duma Kryptonita...

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