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segunda-feira, 23 de março de 2009

Armadilha que imita suor humano ajuda no combate à dengue

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O aparelho utiliza um atraente químico que imita os odores da pele humana com o objetivo de atrair a fêmea do mosquito

O aparelho utiliza um atraente químico que imita os odores da pele humana com o objetivo de atrair a fêmea do mosquitoUma armadilha que imita o suor humano está ajudando a matar o mosquito da dengue em alguns bairros de Manaus. A novidade faz parte de uma pesquisa desenvolvida por cientistas da Universidade Estaudal do Amazonas (UEA) e da Universidade Federal de Minhas Gerais (Ufmg) com recursos dos governos do Amazonas, Federal e do Banco Mundial.

O teste da armadilha, denominada "BG-Sentinel" (sigla em alemão) começou há seis meses com a instalação gratuita para 1,5 mil famílias residentes nas regiões Norte e Leste de Manaus, onde foi detectada a maior incidência da população do mosquito transmissor da doença.

O aparelho utiliza um atraente químico que imita os odores da pele humana com o objetivo de atrair a fêmea do mosquito. O inseto entra numa espécie de funil telado e fica preso. O equipamento, aparentemente simples, tem deixado os pesquisadores otimistas. "Nós ainda não temos dados percentuais para quantificar os resultados, mas já é possível verificar que onde a armadilha não está instalada, a população de mosquitos da dengue tem aumentado", afirmou o pesquisador da UFMG, Álvro Eiras.

Para avaliar e monitorar a pesquisa, o Banco Mundial, que apóia o trabalho com cerca de R$ 200 mil, enviou a representante do Departamento de Desenvolimento Humano, a portuguesa Joana Godinho. "Se verificarmos que essas armadilhas funcionam bem para controlar o mosquito isso será uma inovação extraordinária para controlar a doença que não tem ainda uma maneira eficaz ainda de controle. Essa pode ser uma experiência válida não só para a Amazônia,as mas também para todo o Brasil e para o Mundo", disse Godinho.

Agora, os pesquisadores estão analisando a eficácia do equipamento avaliando a coleta de mosquitos em cada residência de duas em duas semanas. Se for bem sucedida a experiência, com a comprovação de que essa tecnologia é aplicável, a armadilha poderá chegar às residências da população residente em áreas endêmicas da dengue.

"Por ser um protótipo, essa amadilha sairia caro por enquanto. Mas como faz parte do interesse da Saúde pública, ele poderia chegar a custar cerca de R$ 30", disse o diretor do Centro de Estudo Superior do Trópico Úmido da UEA, pesquisador Jörg Ohly.

A Universidade de Regensburg, da alemanha, acompanha a pesquisa com o "BG-Sentinel" enviando alunos de mestrado em biologia. A bióloga alemã Carolin Degener ajuda no manuseio da armadilha. "Uma das preocupações agora é verificar a aceitação das pessoas nas residências onde foram montadas as armadilhas porque é importante a participação das famílias para o sucesso do equipamento", disse Carolin.

Um dos pontos positivos apontados pelos cientistas é o não uso da inseticidas. A armadilha trabalha com a retirada em massa do Aedes Aegypti mosquito nas áreas infestadas.

Todos os dados de captura são inseridos no computador por intermédio de um programa desenvolvido exclusivamente para a pesquisa, assim como também a localização exata do equipamento. Depois de capturados, os insetos são levados para análise virológica nos laboratórios da Fundação de Medicina Tropical de Manaus. A análise vai verificar a presença ou não do vírus causador da dengue.

Esta semana, os moradores das casas onde estão instaladas as armadilhas começarão a fazer exames de sangue. "A idéia é verificar se a pessoa já contraiu e qual o tipo de dengue. Depois, ao final, o exame será realizado novamente para ver se as pessoas contraíram ao longo do tempo em que as armadilhas estiveram instaladas", finalizou o pesquisador Álvaro Eiras.

A pesquisa também testa um outro tipo de armadilha, chamada de Mosqui Trap. O equipamento utilizar um pequeno recipiente com água, um atraente biológico e uma placa adesiva para captura do inseto. O alvo principal são as fêmeas que procuram locais propícios para depositarem os ovos.

O estudo ainda tem 10 meses para ser concluído e terá um custo total de financiamento de R$ 1,2 milhões.

No início do mês, a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS) divulgou os números da dengue na capital concluindo que a cidade teve uma redução dos casos positivos registrados em cerca de 93,7%, em relação aos meses de janeiro e fevereiro do ano passado. O número de casos positivos baixou de 2.877, em janeiro e fevereiro de 2008, para 181 casos registrados nos dois primeiros meses de 2009.

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