Platini quer acabar com a Champions League, clubes são contra
Michel Platini, presidente da UEFA, está batendo de frente com os clubes europeus e até com alguns de seus diretores. O ex-jogador francês disse à imprensa de seu país que gostaria de criar um único campeonato continental, que substituiria a Champions League e a Copa da Uefa, e assim voltar ao sistema antigo, quando eram disputadas apenas partidas eliminatórias entre os clubes de toda a Europa. Seriam criadas três divisões, com 20 ou 22 clubes em cada etapa.
O novo torneio já tem até nome: Super Liga Européia.
Mas dificilmente Platini terá sucesso em sua nova empreitada. Os clubes já se manifestaram contra as mudanças e não estão dispostos nem a abrir o debate sugerido pelo dirigente, que ressaltou em suas entrevistas a diferença entre os seus desejos dele a a realidade atual. “Todos conhecem minha filosofia sobre os torneios europeus, mas precisamos ser cuidadosos. Se dependesse só de mim, eu voltaria ao esquema de partidas eliminatórias.”
O torneio a que Platini se refere é a antiga Copa Européia, que começou a ser disputada em 1955. Em 1992 foi criada a Champions League que conhecemos e, de lá pra cá, tornou-se o campeonato mais importante do mundo, com os melhores jogadores, fãs no mundo todo e, claro, com os melhores contratos de marketing, patrocínios, direitos de televisão, etc.
Já a Copa da Uefa surgiu em 1971 e é o segundo torneio mais importante da Europa, reunindo, numa explicação sintética, os clubes que não conseguiram atingir as primeiras colocações na última temporada, mas também consegue chamar a atenção da mídia e dos patrocinadores (e fica a pergunta: por que a Conmebol ainda não seguiu o mesmo modelo para a Copa Sulamericana?). A partir da próxima temporada, ela vai ganhar um banho de loja, que inclui a mudança de nome para UEFA Europa League e de logomarca.
Já a ECA (Associação de Clubes Europeus), que reúne 137 agremiações, disse que “rejeita esses rumores infundados, que objetivam apenas acabar com a harmonia no futebol europeu. Estamos muito felizes com as competições atuais e nenhuma mudança está na nossa agenda.” Claro, não falariam isso se não estivessem lucrando com o formato vigente
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